A Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25 e A24 entregou, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu, uma ação popular contra o governo, reclamando o fim da cobrança de portagens nestas autoestradas sem alternativa para os cidadãos e as empresas e que estão longe de ter perfil de verdadeiras autoestradas.

No dia 13 de Julho, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25 e A24 realizou uma conferência de imprensa frente ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu, onde confirmou a entrega da ação popular.

Esta ação popular assenta em dois fundamentos que a Comissão de Utentes há vários anos tem defendido e nos tem vindo a assentar a luta: i) não há vias alternativas a A25 e a A24 para as ligações regionais. As estradas EN 2 e EN 16 são hoje ruas de várias localidades, nomeadamente Mangualde, Viseu, Lamego, Castro Daire, S. Pedro do Sul ou Oliveira de Frades. Nalguns dos seus traçados está mesmo proibida circulação de veículos de mercadorias. ii) com o traçado que possuem a A25 e a A24 estão longe de puder ser classificadas como autoestradas. Por exemplo no percurso Viseu-Aveiro em 42% do percurso não são permitidas as velocidades consagradas para as autoestradas. O mesmo acontece no percurso Vilar Formoso-Viseu onde as limitação existem em 38% do percurso. Na zona de Viseu há uma zona com limitação de velocidade para 80 km/h.

O que as populações e as empresas desta vasta região pretendem é o fim das portagens na A25 e na A24. As reduções no valor das portagens decidido pelo governo não resolvem o problema criado em 2010 pelo governo do PS/Sócrates e concretizado em 2011 pelo governo PSD/CDS.